Desde que o Instagram começou a rivalizar com o TikTok que crescia como um doido, a gente viu a plataforma repetir o seu padrão: incorporar uma função que a rede adversária tem e que as pessoas mais usam.
Como se fosse uma virada de maré, DO NADA o Instagram, que era uma plataforma mais voltada para fotos, acabou titokizada. Dancinhas, vídeos engraçados, dica de viagens, como ganhar dinheiro, músculos e até palestrinhas iguais as minhas
E sabendo que esses caras não dão ponto sem nó, o Adam Mosseri, diretor do Insta disse na semana que, abre aspas: “acho que estávamos muito focados no vídeo em 2022 e levamos a classificação um pouco longe demais e basicamente mostramos muitos vídeos e poucas fotos”; Se ele não fala, a gente nem iria perceber, né?
Pois bem, parece que os caras se ligaram que apenas favorecer a entrega de vídeos não necessariamente aumenta a retenção dentro do app. Já que existe uma correlação direta entre o contexto do uso e as ferramentas disponibilizadas: quem quer vídeo vai ao youtube, quem quer se informar ao twitter e ver fotos de jesus ou de bom dia, no Facebook
Mas antes que você pense “agora acabou o reels”, não é bem assim que a banda vai tocar, olha o que ele falou nessa mesma entrevista: “na medida em que houver mias vídeos no Instagram ao longo do tempo, será porque é isso que está gerando mais engajamento geral. MAS AS FOTOS SEMPRE serão uma parte importante do que fazemos”; Ou seja, eles devem parar de dar tanta moral assim para os vídeos, mas igualar a entrega, já que é comprovado que seus números são próximos
(eu diria que fotos ainda estão fortes, já que mesmo desfavorecidas, estão com números próximos, mas isso é assunto pra outro momento)
Parece que nesse momento, a tendência é que o Insta comece a dar menos moral para os vídeos (ou mais moral para as fotos), a taxa de entrega estará ligada ao seu consumo no dia a dia: quanto mais você consome vídeos, mais ele vai te entregar e vice versa. Mas pra mim, esse papo todo tem só motivações comerciais e explico rápido:
O tik tok não tem mais crescido como antes, o Instagram deu uma freada nos caras; o tempo de uso das pessoas e a sua capacidade de produção estão caindo, já que estão desestimulados a postar e por sua vez, voltar ao app para checar as reações. Esse papo de “a gente se preocupa com o usuário fotógrafo” é a maior balela, eles querem mesmo é que a gente fique lá dentro pra sempre.
Lição boa para a galera que adora um “macete” ou “dicas para bombar” ou “áudio em alta”; Rede social NUNCA FOI sobre as manhas para chegar mais longe, mas sim sobre chegar MAIS PERTO. Quer caçar like? Vai biscoitar; Quer chegar mais longe? Vai fazer tráfego; Quer ser considerado? Fale sobre o que as pessoas querem conversar.